Estrada dos Negócios
Empreender é como peregrinar: exige desapego, constância e comunidade. O lucro importa, mas legado e impacto tornam a jornada verdadeiramente significativa.
Em agosto de 2025, caminhei mais de 300 km no Caminho de Santiago. Entre sol, bolhas e cansaço, descobri que cada passo trazia lições para os negócios. Empreender, percebi, é também uma peregrinação.
A primeira lição veio da mochila. A minha estava pesada, com roupas que não usei, e lembranças inúteis. Precisei deixar coisas para trás. Nos negócios, acontece igual: muitos carregam ego, dívidas, pressa e crenças ultrapassadas. Esse excesso drena energia e impede o avanço.
Depois, o ritmo. Quem tenta correr, desaba; quem sustenta o passo, chega. O mesmo vale para empresas que pulam etapas ou crescem sem base: o resultado é exaustão ou fracasso. Estrutura e constância são o verdadeiro segredo.
Também aprendi o valor da comunidade. No caminho, sempre há alguém para dividir pão ou oferecer um curativo. No empreendedorismo, nenhuma jornada se sustenta sozinha: sócios, equipe e clientes alinhados tornam o percurso mais leve e transformador.
Ao chegar à Catedral, entendi que o fim não é o destino, mas um marco. O sentido estava no que vivi na estrada: histórias, partilhas, apoios inesperados. Assim também nos negócios: o lucro é importante, mas o legado e o impacto são o que realmente ficam.
O Caminho me ensinou uma verdade poderosa: empreender é peregrinar. E para ir mais longe, é preciso organizar a mochila, sustentar o passo e caminhar junto.
Escritora, Multi-empresária,
Mentora e Consultora de Empresas
@juheredes | Juheredes@gmail.com
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